quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Quinta (16/08)

Estou descobrindo o poder de um crachá. Abre muitas portas, principalmente em festas. E os eventos dos patrocinadores do Festival de Gramado são grandiosos, com todos aqueles lanchinhos chiques que são melhores de ver do que de comer. No pior dos casos, só a bebida é liberada. O engraçado nessas festas, no entanto, é que elas têm uma lógica invertida. Quase todo mundo é VIP. Os "comuns" são a minoria.
E engraçado também, ou pelo menos curioso, é como o cinema brasileiro dispõe de dinheiro para eventos desse porte, mas não para produzir o básico: filmes. Hermano Penna, diretor de "Olho de Boi", disse em um debate que foi preciso recorrer ao programa de Baixo Orçamento do Ministério da Cultura para realizar o longa. Esse incentivo, que apóia os projetos com até 1 milhão de reais, também foi dado ao plano-seqüência e inédito "Ainda Orangotangos", rodado em Porto Alegre. Pena que no Brasil não existam muito mais desses crachás abridores de portas.

EdNozari

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