quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Otávio, aquele das letras

Só não me senti uma ET solitária porque o Ígor também gostou do "Otávio e as letras", ao contrário da maioria absoluta dos jurados do Festival de Gramado. Mas me senti menos ET ontem, lendo a crítica do Luiz Carlos Merten, crítico de cinema do Estadão. Então, só pra provocar vocês todos do júri e me vingar e (ao Ígor também), transcrevo um trecho publicado ontem (25/09) no Estadão:
"No rateio de prêmios que caracterizou o Festival de Gramado, o júri esqueceu-se de apenas um filme, e foi uma injustiça - Otávio e as Letras é um dos trabalhos mais instigantes de Marcelo Masagão, autor difícil de classificar. Masagão faz cinema de investigação. Poderia ser um documentarista, mas tudo o que investiga sobre as pessoas ele reconstitui com atores. Seu cinema seria ensaístico, mais do que ficcional. "Otávio"nasceu da intenção declarada do diretor de discutir a palavra no mundo contemporâneo. Mas esta não é uma preocupação de Masagão somente neste filme. Ela também permeia "1,99 - Um Supermercado que vende palavras", hoje, ãs 12h, no Canal Brasil. "1,99" é um filme sui generis mesmo vindo de um autor tão difícil de classificar. A rigor, não conta uma história - nenhuma história. Passa-se nesse supermercado perfeitamente asséptico, que não vende bens tradicionais de consumo. Em suas prateleiras se encontram caixas brancas encimadas por palavras. As pessoas compram palavras, e elas carregam conceitos, idéias, aspirações. Filmado em suntuosos movimentos de câmera e embalado na música de Win Wertens, 1,99 é o tipo de filme que o espectador precisa construir no próprio imaginário. Pode significar tudo, ou naada. Vai depender de você."
Só uma novidade: O Ígor passou em medicina em Ouro Preto. Daqui a 10 anos, teremos mais um médico no grupo! Vai ser bom, porque vou estar muito velhinha e posso precisar de cuidados quando nos encontrarmos em Gramado.... Beijos pra todos.

4 comentários:

Eduardo Nozari disse...

É, gosto é gosto e não se discute.
Mas a frase que não me sai da cabeça é a de Augusto: "Otávio conseguiu ser pior que Castelar!"

e Neusa, me conta o segredo. Como tu conseguiu falar com o Igor? ou foi ele que entrou em contato?
Porque até hoje o mais perto que cheguei foi o pai dele. Não consigo mandar as fotos!

Eduardo Nozari disse...

e obrigado por não me deixar blogeando sozinho. De grão em grão vamos fazer o juri encher o papo.

Anônimo disse...

Não acho o Masagão um diretor ruim, não mesmo, tanto que um filme dele está entre os meus preferidos brasileiros: Nós que aqui estamos, por vós esperamos", o que aconteceu eu acho, é que o filme, e falo apenas por mim, não conseguiu me tocar, como o primeiro...
particularidades e individualidades a parte, muito bom saber do Igor, parabéns a ele!!!

Neusa Fleury disse...

Eduardo: O Ígor respondeu um e-mail que mandei pra ele, e contou do vestibular. Mandei uma foto onde ele aparecia. Acho legal quem tiver fotos em que ele aparece mandar... Ele é diferente, se comunica de outros jeitos!
E olha: Vc. vai ficar devendo pro Otávio, aquele das letras. Ele motivou o povo a escrever no blog... (Tô vendo sua cara de raiva, hihihi) Bjs - neusa